quarta-feira, abril 27, 2011


Não 'tô' sabendo viver não.

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Parei para pensar em todas as situações e me senti a pessoa mais infeliz do mundo. Eram fatos que me deixavam pensar o quanto viver aquilo havia de fato me deixado desgastado. Era incrível a influência que certo alguém tinha sobre mim. Mandei uma carta para o Zézinho; - Bicho, não 'tô' sabendo viver não. - Ele me respondeu, onde até mesmo suas vírgulas fizeram total concordância com o que se passava em minha vida. Dizia que eu estava enfeitiçado, e que deveria abrir os olhos. "O amor é feito catarata, vai te cegando aos poucos até não te deixar mais enxergar, ou enxergar somente aquilo que a doença quer. Até o desgaste natural que faz ocorrer a catarata, ocorre com o amor, ocorre com você". Aí mais uma vez me inundava de maus pensamentos, que com um maço de cigarro e uma garrafa de uísque, seria a combinação perfeita de mais um péssimo momento.
Esses dias paguei por sexo. Eu não sei porque diabos paguei pelo sexo. Eu não sei porque diabos fiz aquilo, mas eu fiz. Ela era nova, bem carinhosa, sabia que nunca havia me envolvido assim, dessa forma. Aliás, essa troca de 'sexo por seu dinheiro', nunca foi benquisto por mim. Até que a jovem promíscua soube me deixar levar. Mas quando eu estava para explodir, eu pensei que naquilo não havia amor, e simplesmente amoleci. Eu não me odiei por faltar na hora H. Deixei a troca pelo sexo sobre a cama, enquanto a jovem se banhava, e sai porta a fora. Pensei no que há poucos minutos atrás fizera, e ri, ri até minha barriga doer, depois passou a ser desespero, e chorei, chorei até as lágrimas secarem. Agora não entendia porque eu sentia aquilo, por que eu sentia amor, por que? Era tão demodê. Eu queria me ver livre.
Sentei no banco da praça vazia, o vento gelado tocava o meu rosto, que levemente ruborizava minha pele branca, fechei meus olhos, respirei profundamente e tentei me acalmar. Um dia o amor vai, ou volta.

quinta-feira, abril 14, 2011


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Ele perguntou: - Ainda existe? O amor? – Ela não soube respondê-lo. Fechou seus olhos, apertou suas sobrancelhas, e balançou sua cabeça negativamente. Ela não sabia exatamente como aquilo funcionava, ainda que depois de tanto tempo, ainda não sabia. – O que houve com você? Fechou-se para o amor? – Disse ele enquanto ainda mantinham-se distantes um do outro. – Eu não sei o que aconteceu comigo. – Disse ela, sem conseguir cruzar seu olhar nos dele. – Deixe-me ajudá-la a lembrar do que nós fomos. – Tentou aproximar-se. – Não posso. - Ela se afastou ainda mais. –Por quê? Você disse que era importante, um dia. – Lágrimas vieram aos olhos daquele rapaz. – Eu não sei... – Impressionado com a resposta da garota, desviou seu olhar para o chão, sem entender exatamente, deixando que uma lágrima escorresse de seus olhos – Você se esqueceu da nossa essência. – Ela tentava não chorar. - Chore, por favor, apenas chore. - Disse ele, enquanto entre o choro pedia. As lágrimas dela demonstrariam que ainda se importava, e do rosto dela, nada saia, a não ser o novo semblante que havia se formado, aquele que nem mesmo ele havia visto algum dia, enquanto estiveram juntos. - Eu não posso... - Disse ela sabendo que aquilo tudo...era uma GRANDE MENTIRA.

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