quinta-feira, outubro 28, 2010


Tudo Igual.

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Tudo está igual. A velocidade a qual o trem se move, está igual. A forma como o trabalhador cansado posiciona-se sobre o banco, está igual. Os telefonemas que recebo em meu celular, está igual. A forma acidental como o carro passou sobre o buraco, está a igual. A garota falando ao meu lado injurias de seu dia-a-dia, está igual. O meu trabalho, está igual. A frequência com a qual eu sorrio, está igual. As minhas baladas de sábado a noite, não mudam. Os beijos que dou em diferentes bocas, está igual. A quantidade de saudade infinita que sinto em meu peito, está igual. A forma como tenho lido livros compulsivamente, não está igual. A forma como tenho feito amizades, está igual. O horário que acordo pela manhã, está igual. As brigas familiares, está tudo igual. Ou quando no banho, sob a água que cai em meu corpo, eu imagino e digo palavras esperando que elas cheguem onde eu desejo, está igual.
Hoje mais cedo quase cometi um deslize, e aí para ocupar a cabeça me afundei em Caio Fernando Abreu. Certamente Caio F. tem sido meu melhor companheiro ultimamente. O drama e a facilidade para escrever, que esse ícone teve, me fez criar um tipo de fissura, fissura boa, saudável. E meus dias seguem assim, pacatos, iguais, e com desejos de que os finais de semana cheguem mais rapidamente.

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