Primeiro que ela havia me conquistado pela voz, segundo que sua companhia havia se tornado algo tão promissor, que achei que se a tivesse 24 horas por dia, ela supriria todas as minhas necessidades, além do que me faria esquecer do mundo. Marcamos o motel. Ela no banco ao lado, olhando para fora do carro, um pouco encabulada. Ainda que estivesse escuro, eu podia enxergar sua insegurança estampada em seus olhos. -
O que foi? Você nunca fez isso? - Ela engoliu a seco, enfiando suas mãos por entre suas pernas cruzadas. - Eu acho que o problema é você... - Arqueei uma sobrancelha, afastando minha cabeça para trás, sem entender. - ...não exatamente você. Acho que você me deixa dessa forma. -
Qual forma? Quer voltar? - Não, a suíte é tão linda. - Soltei um riso, já crente que teria que sair do Motel. -
Como faço? Vou para a suíte, ou dou marcha ré? - Ela fechou seus olhos por alguns instantes, soltou um suspiro, e sorriu. - Essa noite tem tudo para ser nossa. Eu quero fazer isso contigo. Mas, não sei. Sinto que está sendo muito casual. - Desviei o olhar para o volante, fiquei pensativa por alguns instantes. -
Você sabe qu... - Ela me interrompeu. - Eu sei. Eu sei. Deixa. Eu sou boba. Vamos para a suíte? - Ela abriu um sorriso forçado. Peguei a chave de nosso quarto, e nos caminhamos. -
Cada novo motel para mim é como uma festa. Sinto vontade de conhecer até o banheiro. - Ela soltou um riso, enquanto abria a porta do frigobar. Cheguei por trás de seu corpo, abraçando-a. Sussurrei bem próximo de seu ouvido. -
Eu não quero fazer nada que você não esteja afim. - Ela apertou meus braços, que estavam envoltos de sua cintura. Nossos beijos se tornaram quentes, e quando nem percebi, permaneciamos desnudas sobre a cama. Seu amor foi tão gostoso que eu só pensava naquele. Suas palavras soavam em meus ouvidos como músicas. Seus gemidos era a coisa mais enlouquecedora do mundo. Então, foi uma, duas, três, cinco, seis.. E no final de tudo permanecemos juntas, dormindo juntas, até acordarmos juntas.